Desde pequena que tenho uma fixação por labirintos. Os primeiros labirintos com os quais tive contacto foram os greco-romanos. Fascinava-me a mitologia por detras do labirinto do minotauro e imaginava-ve muitas vezes a percorrer um labirinto, às vezes sem saber como sair ( Yung certamente teria muito a dizer sobre isto).
Quando me mudei para esta casa os meus vizinhos de cima estavam a construir uma réplica do labirinto de Chartres (à escala) em calçada portuguesa, uma obra de arte incrível que me inspirou a ir mais fundo e a investigar melhor este símbolo que é universal e ancestral.
Não me imaginava exactamente a fazer labirintos até que o meu filho me pediu uma replica do labirinto da catedral de Chartres para ele poder seguir com o dedo. Bem a minha primeira ideia for fazê-lo em tricôt, mas não gostei do resultado, então desmanchei (depois de dias e dias para criar um padrão do labirinto báltico) e decidi navegar em águas desconhecidas, bordando à mão e à máquina (coisa que nunca tinha feito antes). Não quis começar com o labirinto da catedral de chatres, como o meu filho me pediu. Depois de estudar labirintos de todo o mundo apaixonei-me pelos labirintos bálticos, dos quais derivaram labirintos como o de Chartres. Este exemplar que fiz é uma réplica da forma de labirinto báltico mais comum e remonta ao neolítico. Adoro-o. É femenino e primordial. Adoro a textura que o fio mais grosso fiado e bordado à mão deu às paredes, adoro a forma como estimula o tacto e me remete para o útero femenino. Adoro fazer o caminho até ao centro percorrendo cada uma das paredes e depois voltar para trás exactamente pelo mesmo percurso. É uma experiência que aconselho a todos! Agora para atender ao pedido do meu filho estou a iniciar o labirinto da catedral de chatres (ligeiramente mais complexo). Mas uma bela e simbólica aventura para mim.
A parte de trás do meu labirinto de dedo foi tecida com este tear que vêm na foto e depois bordada a camadas de enchimento como um pequeno quilt. Estou muito feliz por ter deixado a minha zona de conforto e ter iniciado um novo caminho. Onde será que ele me vai levar?
I feel drawn to labyrinths since I was a young girl. 1st I've discover the
Greece-roman labyrinths and I remember being fascinated by the myths of
Taurus in the island of Crete. I would see myself many times in a
labyrinth without knowing my way out (Yung would have much to say about
this rsrsrsr).
But
it was when I moved to this house that I really got a deeper interest
in labyrinths. My top neighbors were finishing a scale size Chartres labyrinth on their land and having the experience of walking trough it when
it was done, made me want to study labyrinths from all over the world.
It wasn't in my mind to make them, but my son asked me a small finger
labyrinth for himself (what he really wanted was a big one like our
neighbors), but we agreed that I would find a way of making a Chartres
finger labyrinth for him. 1st I thought I could knit one. And I draw many
many
patterns but it didn't feel right. So I decided to go out of my comfort
zone and start something knew like embroidery. I am in love with Baltic
Neolithic art and I've been studying the Baltic labyrinths for a while
(Chartres is an evolution of these Neolithic labyrinths). So I've
started with the most common shape, the one you see above. I did it
because this is the shape that speaks more to my heart. And I just love
the end result, the texture of the walls, the circular form that
reminds me so much of a womb, and to be able to cross it with my
finger, its a strong process of getting back to my center, witch I
believe that what these ancient labyrinths are all about.
I've
used hand and machine embroidering, the back was woven with
hadspuned yarn and I've used a quilt filling to make it strong. Its a
piece that I'm proud of.
I'm already in starting the Chartres labyrinth for my son. And I'm so so glad I've left my comfort zone and started a new path.
I'm already in starting the Chartres labyrinth for my son. And I'm so so glad I've left my comfort zone and started a new path.
Where shall it take me?
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