Os castanheiros são as minhas árvores favoritas. Nem quis acreditar quando ao escolher esta casa vi um jovem castanheiro na horta. Tenho muitas saudades de quando os castanheiros faziam parte da paisagem do centro e norte de Portugal. Hoje em dia é necessário saber onde ir para ainda se poderem encontrar soutos antigos onde estas maravilhosas árvores se souberam proteger de forma mágica do progresso destrutivo do ordenamento florestal em Portugal. Mas não é disso que quero escrever, hoje quero escrever das memórias que tenho das castanhas e desta altura do ano.
Chestnut trees are my favorites. I could not believe when choosing this house I found a chestnut tree in my garden. I miss the time when these trees where one of the main species in the north and center of the Portuguese landscape. Today you must know were to go to find old forests of chestnut trees, magical places where centenary trees learned how to escape from the destructive progress of bad forestry management. But that's not what this post is about. This post is about memories, my one very personal ones...
Esta semana esquanto trabalho na horta tenho visto castanhas cair timidamente. E não consigo deixar de me lembrar do meu pai (transmontano a viver em Oeiras) a chegar a casa do trabalho, trocar de roupa e ir para a sua horta (um terreno do estado ocupado por ele e mais 3 vizinhos), com um bolso cheio de castanhas. E ainda guardo na minha memória auditiva o crack da casca da castanha a estalar nos seus dentes, crua assim como ele, enquanto entre mastigadelas assobiava como um rouxinol.
O que ele não sabia é que eu o observava da janela do 2º andar do prédio onde viviamos e ficava a observá-lo no seu caminho rumo à horta, a sua passada pessada a cotrastar com os sons leves e despreocupados do seu mastigar e assobiar.
Agora enquanto cavo e preparo a terra sozinha penso nele e em como eu gostaria tanto mas tanto que ele estivesse aqui comigo a ajudar-me na horta entre mastigadelas de castanhas apanhadas do chão e assobios que imitam rouxinois. Mas sou eu e a minha memória, e agora serão vocês e a vossa memória deste post a prepetuar este momento.
This week working in my garden I've been seeing how the chestnuts fall shyly to the ground, and I cant avoid remembering my father (from the north of Portugal living in Oeiras-near Lisbon). He would get home from work and changed his cloths and then fill up his pockets with raw chestnuts, that we would eat on his way to his vegetable garden (a government land occupied by him and three more neighbors). I still have in my audible memory the crack of the chestnut in his mouth and the whistle between the cracking and the chewing.
Now I work on my land alone and I think about him and how much I wish we could be here helping me in the garden between chewing chestnuts just fallen from the tree and his beautiful whistle just like a nightingale. Mas its just me and my memories and now you who read me,we both perpetuating the memory of my father.
Now I work on my land alone and I think about him and how much I wish we could be here helping me in the garden between chewing chestnuts just fallen from the tree and his beautiful whistle just like a nightingale. Mas its just me and my memories and now you who read me,we both perpetuating the memory of my father.
Belas memórias... :)
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