Amigos mudei-me definitivamente para:
http://anaalpande.com
Apareçam, façam-me companhia e deixem um olá, que tudo só faz sentido com vocês do lado.
Até já
Abraço carinhoso
Ana
AMA - Ana Margarida Alpande
Fiandeira de Histórias / Let's spin a yarn
terça-feira, 1 de novembro de 2016
Mudança para morada definitiva
segunda-feira, 28 de março de 2016
Ama a Fiandeira / Let's spin a yarn
Gravado à dois anos uma bela apresentação do meu trabalho, graças ao Robb Bradstock e 3 Degree Productions
Recorded 2 years ago, a nice presentation of my work as a storyteller. Thanks to Robb Bradstock and 3 Degree Productions
Etiquetas:
narração oral,
storyteller
quarta-feira, 16 de março de 2016
A verdade do bordado está no seu avesso / The truth of an embroidery lies in its back stitches.
Mais um labirinto, desta vez muito especial, a minha primeira experiência com bordado livre à máquina. E a primeira vez em que fiz questão de ter um bordado tão perfeito na frente quanto no avesso. Muitos erros, mas ao mesmo tempo muita aprendizagem, muita personalidade e emoção a cada linha deste labirinto, como se as próprias paredes do labirinto quisessem contar uma história e não permitissem qualquer interferência da minha parte.
Longe de estar perfeito é perfeito por ser assim como é: imperfeito, emocional e único.
Estou feliz por estar satisfeita com a sua imperfeição, estou feliz por ter arriscado e acima de tudo estou feliz por ter chegado ao fim. Agora vai para as mãos de uma amiga (já tenho muitos labirintos cá em casa, está na hora de eles começarem a voar).
Que a estrada da vida seja fluida, com côr e textura e que o caminho escolhido vá sempre dar ao centro. A verdade do bordado está no avesso, nos pontos que não se vêem, e vocês, são capazes de dizer qual é a frente qual é o avesso deste bordado?
One more labyrinth, this one is very special, it was my very first attempt to freemotion embroidery with my sewing machine. Its far from perfection, but I'm soooo pleased with the final work. I've learned so much, it has so much personality and variety of stitches, shades, textures. It almost seems like a hand work full of character and personality as if it had a will of its one. Beyond perfection it is perfect because its imperfect, emotional and unique. It will be a gift to a dear friend (I already have to many labyrinths at home, its time for them to fly away).
So I'm really happy, happy with what I've learned, happy because despite being imperfect, I forced myself to get to the end and now I can look at it and see a story to be tell, each line, texture and stitch tell me something about live and my own process.
They say that the truth lies in the hidden stitches at the back of the embroidery, can you tell witch one is the front and witch one is the back on this embroidery?
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
Labirinto / Labyrinth
Já foram tantos os desvios que fiz na vida, neste momento caminho confiante, que todos os meus desvios escondem uma estrada que vai dar ao centro onde a flôr de lótus se esconde.
Do caos surge a clareza.
Om Mani Padme Hum
É o que representa esta labirinto.
Algodão pintado com pigmentos naturais, a estrada principal foi bordada a fio de seda, os caminhos caóticos bordados à mão com fio de algodão. No meio têm um quartzo rosa e a parte de trás foi feita em tear circula e remanatada com crochê.
I lost my way so many times in the roads of life. But I follow through knowing that all the shortcuts and wrong roads lead to a main road, that leads to our center where the lotus flower hides.
From chaos comes clarity.
Om Mani Padme Hum
That's what this labyrinth is about.
Painted cotton cloth with natural colors, the main road was embroidered with silk thread and the chaotic paths where embroidered by machine with cotton. The back is weaved and finished with crochet.
From chaos comes clarity.
Om Mani Padme Hum
That's what this labyrinth is about.
Painted cotton cloth with natural colors, the main road was embroidered with silk thread and the chaotic paths where embroidered by machine with cotton. The back is weaved and finished with crochet.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Novos Caminhos / New paths
Desde pequena que tenho uma fixação por labirintos. Os primeiros labirintos com os quais tive contacto foram os greco-romanos. Fascinava-me a mitologia por detras do labirinto do minotauro e imaginava-ve muitas vezes a percorrer um labirinto, às vezes sem saber como sair ( Yung certamente teria muito a dizer sobre isto).
Quando me mudei para esta casa os meus vizinhos de cima estavam a construir uma réplica do labirinto de Chartres (à escala) em calçada portuguesa, uma obra de arte incrível que me inspirou a ir mais fundo e a investigar melhor este símbolo que é universal e ancestral.
Não me imaginava exactamente a fazer labirintos até que o meu filho me pediu uma replica do labirinto da catedral de Chartres para ele poder seguir com o dedo. Bem a minha primeira ideia for fazê-lo em tricôt, mas não gostei do resultado, então desmanchei (depois de dias e dias para criar um padrão do labirinto báltico) e decidi navegar em águas desconhecidas, bordando à mão e à máquina (coisa que nunca tinha feito antes). Não quis começar com o labirinto da catedral de chatres, como o meu filho me pediu. Depois de estudar labirintos de todo o mundo apaixonei-me pelos labirintos bálticos, dos quais derivaram labirintos como o de Chartres. Este exemplar que fiz é uma réplica da forma de labirinto báltico mais comum e remonta ao neolítico. Adoro-o. É femenino e primordial. Adoro a textura que o fio mais grosso fiado e bordado à mão deu às paredes, adoro a forma como estimula o tacto e me remete para o útero femenino. Adoro fazer o caminho até ao centro percorrendo cada uma das paredes e depois voltar para trás exactamente pelo mesmo percurso. É uma experiência que aconselho a todos! Agora para atender ao pedido do meu filho estou a iniciar o labirinto da catedral de chatres (ligeiramente mais complexo). Mas uma bela e simbólica aventura para mim.
A parte de trás do meu labirinto de dedo foi tecida com este tear que vêm na foto e depois bordada a camadas de enchimento como um pequeno quilt. Estou muito feliz por ter deixado a minha zona de conforto e ter iniciado um novo caminho. Onde será que ele me vai levar?
I feel drawn to labyrinths since I was a young girl. 1st I've discover the
Greece-roman labyrinths and I remember being fascinated by the myths of
Taurus in the island of Crete. I would see myself many times in a
labyrinth without knowing my way out (Yung would have much to say about
this rsrsrsr).
But
it was when I moved to this house that I really got a deeper interest
in labyrinths. My top neighbors were finishing a scale size Chartres labyrinth on their land and having the experience of walking trough it when
it was done, made me want to study labyrinths from all over the world.
It wasn't in my mind to make them, but my son asked me a small finger
labyrinth for himself (what he really wanted was a big one like our
neighbors), but we agreed that I would find a way of making a Chartres
finger labyrinth for him. 1st I thought I could knit one. And I draw many
many
patterns but it didn't feel right. So I decided to go out of my comfort
zone and start something knew like embroidery. I am in love with Baltic
Neolithic art and I've been studying the Baltic labyrinths for a while
(Chartres is an evolution of these Neolithic labyrinths). So I've
started with the most common shape, the one you see above. I did it
because this is the shape that speaks more to my heart. And I just love
the end result, the texture of the walls, the circular form that
reminds me so much of a womb, and to be able to cross it with my
finger, its a strong process of getting back to my center, witch I
believe that what these ancient labyrinths are all about.
I've
used hand and machine embroidering, the back was woven with
hadspuned yarn and I've used a quilt filling to make it strong. Its a
piece that I'm proud of.
I'm already in starting the Chartres labyrinth for my son. And I'm so so glad I've left my comfort zone and started a new path.
I'm already in starting the Chartres labyrinth for my son. And I'm so so glad I've left my comfort zone and started a new path.
Where shall it take me?
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
Acabar para Começar / Finnish to Begin
O ano de 2015 foi um dos mais desafiadores da minha vida até hoje. Há um ano
atrás desafiei-me a trabalhar a persistência e a paciência acabando cada projecto
de tricôt a que me propusesse. Esse era o trabalho interno e externo. Esperava
aprender através do exercício, a arte de acabar o que começo.
Muitos desafios, muitas lágrimas e muita aprendizagem mais tarde a par de
inúmeras camisolas, casacos entre outros projectos chego ao fim do ano com
uma carpete pronta feita durante o advento demorou um mês e durante um mês foi
o único projecto de tricôt a que me dediquei (normalmente tenho sempre 4 ou mais
a decorrer ao mesmo tempo).
E para começar o ano na mesma energia estou já a fiar a lã para o próximo
projecto cerca de 1 kg de lã, e acreditem custa-me imenso ter agulhas paradas, mas o exercício
vale a pena pois faz-me crescer por dentro e dá-me bases para ultrapassar
os desafios que preciso ultrapassar neste 2016 que se avizinha.
E desejo que todos vocês sigam o vosso coração pois ele é o único
que sabe o caminho de volta para o centro. E se às vezes ele vos pedir sacrifício,
disciplina e alguma dor não resistam Ele sabe sempre o que é melhor para cada
um de nós!
Com muito Amor
Ana
2015 was one of the most challenging years for me.
One year ago I wanted to work on my ability to finishing what I start, and I've decided to do that truth knitting. How many of you have several on going knitting projects with years already? I purpose to myself to start and finish each one of my projects as an internal exercise of patience and persistence. After many challenges, many tears and a lot of inner growth ( a long with lots of sweaters, jackets and other knitting projects) I finish the year with a rug knitted during December the only project I've worked on (usually I have at least 4 or more going on at the same time). And to not loose the flow, I'm starting a new rug with handspuned yarn. First I have to spin 1 kg of fleece and you don't imagine how hard it is to me to put my needles aside and have them quite for a while, but I need to overcome this exercise so I can gain the inner straight to conquer my challenges for 2016.
I wish you all the strength and the courage to follow your Hearts and to go where He tells you to, even if it challenges you or cost you pain and sacrifice. Your Heart is the only one you knows the way back to the center.
Lots of love
Ana
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
De dentro para fora / From the inside to the outside
O meu pequeno espaço de trabalho está pronto, feito à minha medida. Outras partes da casa estão ainda a precisar de renovação. Voltei ao trabalho com os textêis, para proteger, embelezar e dar a esta nova casa o que ela precisa. Depois gradualmente as minhas criações voltarão a servir as pessoas. Mas para já trabalho o meu interior, a minha casa interna e externa, inspirada nas paisagens do meu cotidiano, os caminhos que percorro com a minha bicicleta ou os passeios que dou com a minha cadela, vou aprendendo com as constantes mudanças da paisagem, lições valiosas para a minha vida. E assim vou-me preparando para acolher o Inverno aí à porta. Percebi que geralmente de à uns anos para cá, nesta época tão frágil onde somos convidados a cultivar a luz dentro de nós eu andei sempre numa correria a acabar encomendas a pensar em presentes. Este ano estou realmente a viver o advento cultivando dentro de mim a beleza, a fé e a luz. Isto vai implicar que não vou responder a encomendas e não vou dar presentes físicos. Mas estarei verdadeiramente PRESENTE na companhia daqueles que AMO!
My little workspace is ready. Other parts of the house are still in need of renovation. For now I went back to work with my textiles, to protect, beautify and give this new house what it needs. Then gradually my creations will again serve people. But now I'm working in my inner and outer house. Inspired by my everyday landscapes, the roads I ride with my bike or I walk with my dog, learning from the way the landscape is constantly changing around me. And so I'm preparing to host the Winter witch is just around the corner. I
realized that I've been in the past years rushing, in this very fragile season when
we are invited to cultivate the light within us, to finish clients orders or to think about presents. This year I'm really living the advent, letting
the beauty, faith and light to grow within me. This will mean that I will not respond to orders and will not give presents to my loved ones. But I'll be truly PRESENT in the company of those I LOVE!segunda-feira, 16 de novembro de 2015
Gratidão / Gratitute
Nos últimos dias tenho sido envolvida por manifestações de amor e amizade. E apesar de o mundo lá fora andar em grandes turbulências sobre as quais eu não me vou manifestar, li à pouco que um neurociêntista descobriu que a generosidade pega-se. Claro que se pega e por isso quando a minha terapeuta de Acunpultura me emprestou os seus diapasões com a vibração da lua (vejam mais sobre estas fabulosas ferramentas de cura aqui , as suas ferramentas de trabalho, eu só podia retribuir a generosidade com algo único. Uma bolsa para ela guardar os seus diapasões fiada à mão e feita especialmente para ela. A semana passada inspirad pelo Outono fiz pequenos anões porta-chaves para doar à escola do meu filho, para a venda anual da feira de São Martinho.
Sabe tão bem em tempos escuros como aqueles em que vivemos, focar nos pequenos gestos que podemos fazer para aumentar o amor e a luz que o Mundo tanto precisa. Por isso não falo sobre o que se passou ou anda a passar, das crises e das injustiças que trazem o medo, a incerteza e apertam o coração. Falo de AMOR e GRATIDÃO, pois é isso que tenho recebido e é isso que quero dar, e se o tal médico estiver certo quem sabe não se pega? E em vez de sermos manipulados pelos mídia seremos contagiados pelo Amor e teremos Amor para espalhar por todos aqueles que mais precisam, mesmo aqueles que nos fazem acreditar que não o merecem.
In the last few days
I've been surrounded by love and friendship. And though the world out
there is facing major challenges (I don't want to make comments on
them), I read today that a neurocientist found out that generosity
is contagious! Off course it is don't you think? So when my therapist let me
take her healing tuning forks home to help me trough a bad
time (see more about them here)
I had the inspiration to make a unique case for them, handspuned made
specially for her. Last week inspired by autumn I also made little
dwarfs (see picture above) to donate to the annual market at my son's school. It's
just so good to be able to step up from the dark around us, and focus on
love and gratitude. That's why I choose not to comment on the
world's news, 1st because I always feel that the media only show what
they want us to see, 2nd because fear it's not going to save us. So
I choose to make little things to spread Love and Gratitude around me,
and if the doctor is right, maybe it will spread and get to the ones
that most need it, even the ones that want us to believe
they are not worth it.
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Deixar ir... / To let go....
Passei a semana passada em sofrimento, dentro de mim sentia uma guerra. Montei e desmanchei as malhas da minha camisola vezes
incontáveis, criei e recriei padrões de folhas de outono em tricôt porque queria algo e não sabia o que era. A relação comigo e a relação com o meu companheiro estavam a desgastar-me. Mas lá fora tudo está a crescer, o meu trabalho árduo no jardim a dar frutos, a minha família com saúde, amor e amizade à minha volta e eu não entendia porque é que em vez de gratidão, tudo o que eu sentia era frustação.
Então recriei um padrão de tricôt e comecei a tricotá-lo sem ideias pré-defenidas, sem pensar em camisolas, sem pensar em resultados só pelo prazer da experiência em si. E alguma paz começou a crescer dentro de mim.
Na sexta feira recebi um convite para a festa de aniversário da E. uma das meninas de quem fui educadora de infância o ano passado no projecto Caracol ao Sol, uma escola Waldorf no Barril do Alva. E apesar de ter ficado muito feliz por poder estar com ela e com a sua família numa ocasião tão especial, não tinha nenhuma prenda para esta menina do Outono. Então lembrei-me de como ela sempre usa fitas na cabeça, e de repente ali estava à minha frente uma fita já feita com um padrão único e com as cores do Outono, as cores do mês em que a E. nasceu. E uma gratidão enorme surgiu dentro do meu peito. O segredo é confiar no processo sempre... e saber deixar-mo-nos ir. Fiz isso tantos anos com as bonecas personalizadas, e pensei que tinha aprendido a lição, mas pelos vistos o que temos como garantido está-nos sempre a pôr à prova.
Para mim trabalho interior e trabalho exterior andam sempre sempre a par. E podia ser de outra maneira?
Last week was a very hard week. I felt a war inside me and I couldn't understand why. I did and undid my Autumn sweater so many times without getting it. It just didn't felt right, I was so frustrated with it as I was with me, my life and my relationships. If I have health, love and friendship if the hard work I'm putting in my garden is being compensated by mother nature, why was I felling frustration instead of gratitude? In despair I've decided to give up on the sweater and began to make a scratch of a pattern for one Autumn leaf, I began to knit for the sake of the experience itself without any expectations, and some peace began to arose within me, my inner child began to feel fed by the experience of creating something new, just for the fun of doing it.
So Friday i got this invitation for E.'s birthday party (I was her kindergarten teacher last year in a Steiner school in Barril do Alva called Caracol ao Sol), and I was very glad for the chance of celebrating such a special day with her and her family, at the same time I got worried because I didn't had any gift special enough for such a special child. And suddenly I looked at my knitting project and there it was an autumn headband (she wears headbands all the time) for an Autumn child. How perfect was that? I felt such a deep gratitude in my soul. It reminded me what I knew for so long, that we must trust the process and let go... I did it so many years with the personalized dolls I've created but somehow along the way I forgot how important it is to trust the process and let go of the expectations, and here I was being reminded again.
Meanwhile I've finished a book marker handspuned by me, a special gift for a very special friend.
For me inner work and outer work go always hand to hand, could it be any other way?
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sexta-feira, 16 de outubro de 2015
Castanhas e memórias / Chestnuts and memories
Os castanheiros são as minhas árvores favoritas. Nem quis acreditar quando ao escolher esta casa vi um jovem castanheiro na horta. Tenho muitas saudades de quando os castanheiros faziam parte da paisagem do centro e norte de Portugal. Hoje em dia é necessário saber onde ir para ainda se poderem encontrar soutos antigos onde estas maravilhosas árvores se souberam proteger de forma mágica do progresso destrutivo do ordenamento florestal em Portugal. Mas não é disso que quero escrever, hoje quero escrever das memórias que tenho das castanhas e desta altura do ano.
Chestnut trees are my favorites. I could not believe when choosing this house I found a chestnut tree in my garden. I miss the time when these trees where one of the main species in the north and center of the Portuguese landscape. Today you must know were to go to find old forests of chestnut trees, magical places where centenary trees learned how to escape from the destructive progress of bad forestry management. But that's not what this post is about. This post is about memories, my one very personal ones...
Esta semana esquanto trabalho na horta tenho visto castanhas cair timidamente. E não consigo deixar de me lembrar do meu pai (transmontano a viver em Oeiras) a chegar a casa do trabalho, trocar de roupa e ir para a sua horta (um terreno do estado ocupado por ele e mais 3 vizinhos), com um bolso cheio de castanhas. E ainda guardo na minha memória auditiva o crack da casca da castanha a estalar nos seus dentes, crua assim como ele, enquanto entre mastigadelas assobiava como um rouxinol.
O que ele não sabia é que eu o observava da janela do 2º andar do prédio onde viviamos e ficava a observá-lo no seu caminho rumo à horta, a sua passada pessada a cotrastar com os sons leves e despreocupados do seu mastigar e assobiar.
Agora enquanto cavo e preparo a terra sozinha penso nele e em como eu gostaria tanto mas tanto que ele estivesse aqui comigo a ajudar-me na horta entre mastigadelas de castanhas apanhadas do chão e assobios que imitam rouxinois. Mas sou eu e a minha memória, e agora serão vocês e a vossa memória deste post a prepetuar este momento.
This week working in my garden I've been seeing how the chestnuts fall shyly to the ground, and I cant avoid remembering my father (from the north of Portugal living in Oeiras-near Lisbon). He would get home from work and changed his cloths and then fill up his pockets with raw chestnuts, that we would eat on his way to his vegetable garden (a government land occupied by him and three more neighbors). I still have in my audible memory the crack of the chestnut in his mouth and the whistle between the cracking and the chewing.
Now I work on my land alone and I think about him and how much I wish we could be here helping me in the garden between chewing chestnuts just fallen from the tree and his beautiful whistle just like a nightingale. Mas its just me and my memories and now you who read me,we both perpetuating the memory of my father.
Now I work on my land alone and I think about him and how much I wish we could be here helping me in the garden between chewing chestnuts just fallen from the tree and his beautiful whistle just like a nightingale. Mas its just me and my memories and now you who read me,we both perpetuating the memory of my father.
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